Nem sempre podemos controlar o que sentimos. Nem sempre o mundo rola ao ritmo do nosso coração. Por vezes dói bastante ter de manter a nossa máquina ligada, rolando como outrora, indiferente ao que implora a alma... nesses momentos não há quem nos entenda, quem nos escute, quem nos possa consolar... quem possa acolher por dentro tudo o que não nos apetece ter de viver, ter de fingir aguentar...
Não há leis, não há regras, não há fórmulas milagrosas que diminuam o sofrimento e que encurtem o tempo de luto. Mas há-que vivê-lo, há-que fazê-lo para se conseguir um dia respirar com os pulmões todos e para que se possa falar e recordar aqueles que mais amamos com uma lágrima no canto do olho mas com a serenidade de quem continua a ter presente aquela ausência.
Ninguém diga que já passa, que o tempo cura... a dor ninguém a pode atenuar. Crescerá connosco, para sempre. Ficará guardada até ao último dia!...
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