Foi em Outubro de 1991 que te conheci.
Eras a coordenadora do grupo de jovens que eu ia conhecer, não por iniciativa própria mas por arrastão, uma vez que a outra Marta tinha convencido o meu irmão a ir.
Como fazias com cada jovem, integraste-me no grupo e quiseste saber mais sobre mim.
Ao longo dos anos foste como o oleiro que vai olhando a sua obra e dando um jeitinho daqui, um apertãozito dali, e a obra foi crescendo, já se vê... tinhas dentro a crença de que não o fazias por ti ou para ti mas por um Deus maior que te guia e ilumina sempre!
Criamos o hábito de percorrer o mundo nas nossas conversas. Começamos por nós e depois, um a um, vamos sabendo daqueles que nos são mais próximos, se precisam de oração, de uma chamadita, ou de algum silêncio... às vezes precisam que se dê um toque a alguém que está mais perto do que nós!
Para mim és a avó que eu nunca tive: atenta, próxima, interessada naquilo que sou e faço, confidente, amiga, sempre pronta a dar-me a mão (ou um empurrão)... "Amor lindo"... é assim que me tratas sempre!
Ao longo destes anos houve muitos que te viraram as costas e que não gostavam de ti mas sabes?! não sabiam que cuidavas deles e que te interessavas pelos seus dias e pelos seus futuros! Que de alguma forma os tinhas presentes na tua vida e nas tuas orações... (o trabalho de bastidores não se vê mas é igualmente importante!).
Sou Marta loirinha porque adoraste ouvir a Sarita, com 4 anitos a diferenciar-me da própria tia chamando-me assim. Nunca mais largaste esse nome e agora muitos são os que me conhecem dessa forma!
Já fizemos muitas loucuras juntas.
Aprendi contigo que nada acontece por acaso e que qualquer atitude tem por trás uma razão... aprendi que muito ajuda quem não atrapalha e fiquei furiosa quando mo disseste pela primeira vez!
Descobri contigo que devemos escutar os outros e vê-los mais fundo do que os olhos nos deixam ver, dar espaço para que se transformem com o nosso amor!... que Deus caminha connosco e que afinal não estava zangado comigo por eu viver longe d'Ele mas que me esperava de braços abertos. Graças a ti Ele recuperou-me e eu conheci-o!
Muitos que lessem este texto perceberiam que de certa forma é a sua história que eu conto: és fantástica em criar empatia com os outros!
Sabes do que nunca gostei? Da tua teima em ir ao leitão sempre que íamos a Fátima! Acho que nunca to disse...
Gosto muito de ti, sei que o sabes pois fiz sempre questão de to dizer! Gosto mesmo muito de ti!!!
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