quinta-feira, 10 de julho de 2008

Bem aventurados vós...


" Felizes vós, os pobres porque vosso é o Reino de Deus.

Felizes vós, os que agora tendes fome porque sereis saciados.

Felizes vós, os que agora chorais porque haveis de rir.

Felizes sereis quando os homens vos odiarem, quando vos expulsarem, vos insultarem e rejeitarem o vosso nome como infame por causa do Filho do Homem.

Alegrai-vos e exultai nesse dia pois a vossa recompensa será grande no céu!" (Lc 6, 20-23)


Esta é das orações que mais me enternecem. No entanto não posso deixar de concordar com um excerto do livro "O Tecido do Outono": "Compraz-me ter vivido na terra com tudo aquilo que a natureza me deu, e o que vier depois é uma consequência da vida que fiz. Quer dizer, é tudo ao contrário: se depois vier a salvação é porque a mereci, mas não é a salvação que hoje move a minha vida."
Não que não deseje a salvação mas porque quero viver sem a sombra da desgraça ou do terror a pairarem sobre mim... Quero ser feliz em cada momento. Viver com profundidade e verdade cada segundo. Gerar vida ao meu redor. E, mesmo que não o consiga em cada dia, saber-me incondicionalmente amada por aquele Deus em que acredito com todas as forças do meu ser. Aquele único que me conhece totalmente, sem máscaras e sem restrições. Aquele que permanece para além dos segundos e das horas da minha vida. Que está presente nas minhas dores e alegrias, cansaços, derrotas e vitórias...
Foi este Deus que aprendi a amar profundamente. É Ele que me acompanha em cada dia, esteja eu a trabalhar, a dormir, no computador, a comer ou mesmo a não fazer nada. Não preciso de me ajoelhar ou de entrar na sua Igreja porque Ele tem muitas casas e a principal casa é o meu próprio Ser.
É este o Deus em que acredito!

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